Nota de Repúdio de Mulheres de Eliseu Martins Exige Posicionamento da Câmara Sobre Acusação de Estupro Contra Vereador

29/08/2025

Um grito de indignação ecoou em Eliseu Martins nesta sexta-feira, 29 de agosto. O grupo de mulheres "Beldades" tornou pública uma Nota de Repúdio veemente, cobrando ações concretas do poder público frente a uma acusação gravíssima que estaria sendo abafada: a de que o vereador Ricardo Estrela (base governista) cometeu violência sexual contra uma mulher.

O caso, que até então circulava apenas nos bastidores políticos, ganhou destaque público através da corajosa manifestação do grupo. Na nota, as "Beldades" repudiam com máxima severidade a suposta violência, classificando o ocorrido como "um ato gravíssimo que desrespeita os direitos das mulheres e a integridade das instituições democráticas".

A nota é um direto e contundente ataque à inércia das autoridades municipais. Elas questionam: "Gostaríamos de saber das autoridades e da SECRETARIA DA MULHER... por que nada foi feito". O texto segue com uma crítica devastadora à pasta, chamando-a de "de enfeite", por sua aparente incapacidade de representar e agir em defesa das mulheres em um mês simbólico, o Agosto Lilás, dedicado ao combate da violência contra a mulher.

A cobrança central recai sobre a Câmara Municipal de Eliseu Martins. O silêncio absoluto do legislativo sobre o caso, que envolve um de seus próprios membros e aliado da base do prefeito, é interpretado pelas manifestantes como uma tentativa de proteger o acusado e abafar o escândalo. A nota salienta que é "inaceitável e revoltante que um representante eleito... pratique um ato criminoso tão grave, sob investigação, e nada seja feito".

A ausência do vereador Ricardo Estrela nas duas últimas sessões ordinárias, sem justificativa formal, agora ganha um contorno sombrio e mais preocupante, à luz dessa denúncia pública. Enquanto a população buscava explicações para o sumiço do parlamentar, a nota das "Beldades" sugere um motivo alarmante.

A matéria apura que, de fato, há um inquérito policial em andamento para apurar a acusação, mas o andamento do caso não é de conhecimento público. A postagem do grupo "Beldades" joga holofotes sobre a omissão institucional que cerca o processo, pressionando a Câmara Municipal a sair do silêncio cúmplice e a tomar as providências cabíveis, como a abertura de uma comissão processante ou, no mínimo, um posicionamento público que condene qualquer forma de violência contra a mulher.

O grupo finaliza a nota com uma mensagem de solidariedade à vítima, incentivando-a a buscar seus direitos, e um alerta poderoso à sociedade: "O silêncio diante de uma violência é também uma violência!!".

A bola agora está com o Presidente da Câmara e os demais vereadores. Eles continuarão protegendo um colega de parlamento acusado de um crime hediondo, ou ouvirão o clamor público e farão valer o princípio da moralidade e da justiça? A sociedade de Eliseu Martins espera, e exige, uma resposta.