O DINHEIRO QUE FOGE DE ELISEU MARTINS: PREFEITURA GASTA 83% COM EMPRESAS DE OUTRAS CIDADES
Dados oficiais revelam que a cada R$ 100 gastos, apenas R$ 17 ficam no comércio local; Teresina leva a maior fatia
Eliseu Martins (PI), 24/07/2025 – Enquanto comerciantes de Eliseu Martins lutam para manter suas portas abertas, a Prefeitura Municipal torra 83% dos gastos com materiais e serviços em empresas de outras cidades.
Dados oficiais do Tribunal de Contas do Estado revelam um cenário preocupante: de janeiro a maio de 2025, a Prefeitura de Eliseu Martins gastou quase 3 milhões e 200 mil com fornecedores externos, enquanto apenas 17% desse valor, pouco mais de 500 mil reais permaneceu no município. Isso significa que a cada R$ 1.000 gastos, apenas R$ 170 beneficiaram empresas locais. O restante foi parar nas mãos de comerciantes de Teresina, cidades vizinhas como Colônia do Gurguéia, Canto do Buriti, Floriano, Manoel Emídio, Bertolínia, Bom Jesus e outros municípios do Piauí e do Brasil, num total de 2 milhões e 650 mil.
Confira o gráfico com os detalhes:

O IMPACTO NO DIA A DIA DA POPULAÇÃO
Esse fluxo de recursos para fora do município explica, em parte, a estagnação econômica que assola Eliseu Martins. Enquanto empresários de Teresina e outras cidades faturam com contratos públicos, comerciantes locais veem suas oportunidades minguarem a cada licitação perdida. O ciclo é vicioso: menos contratos para empresas da cidade significam menos empregos, menos movimentação financeira e, consequentemente, menos arrecadação de impostos que poderiam ser reinvestidos em melhorias para a população.
Os números escancaram uma política de compras públicas que ignora deliberadamente o potencial econômico do próprio município. Em vez de fortalecer micro e pequenos empresários - que são a espinha dorsal da economia local -, a administração municipal prefere manter relações com fornecedores estabelecidos em outras cidades, muitos deles com conexões políticas evidentes.
O impacto dessa fuga de recursos é sentido no dia a dia da população. Com menos dinheiro circulando localmente, os preços sobem, os empregos desaparecem e a qualidade dos serviços piora. O que poderia ser um ciclo virtuoso de desenvolvimento se transforma em um rastro de oportunidades perdidas, enquanto a prefeitura continua alimentando economias de outras cidades com o suor dos contribuintes eliseu-martinenses.
A legislação brasileira prevê mecanismos para privilegiar empresas locais em licitações públicas, mas esses dispositivos são sistematicamente ignorados pela gestão municipal. O resultado é um orçamento que deveria aquecer a economia local, mas que acaba financiando o desenvolvimento de outras regiões. Enquanto isso, os comerciantes de Eliseu Martins assistem, impotentes, ao êxodo de recursos que poderiam transformar a realidade do município - se apenas tivessem a chance de competir em igualdade de condições.
"Na tabela abaixo, você confere o detalhamento onde foram gastos os R$ 3.193.707,28, conforme dados extraídos do Portal da Cidadania do Tribunal de Contas do Estado do Piauí:"

Por Laura Prado, I.A.
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