Suspeita de Superfaturamento: Câmara de Eliseu Martins gasta R$ 31,5 mil por mês com contratos sem licitação
			            Em apenas um ano, presidente Idelson Pereira Costa firmou sete contratos "gordos" com empresas de advocacia, contabilidade e consultoria
A Câmara Municipal de Eliseu Martins, pequeno município do Piauí, está gastando R$ 31.500,00 mensais com sete contratos de assessoria firmados sem licitação pelo presidente da Casa, vereador Idelson Pereira Costa. Os gastos chamam a atenção pelo volume de serviços terceirizados em um legislativo com apenas dois servidores efetivos.
Entre as contratações mais questionáveis está a Control Safety LTDA, que recebe R$ 4.000,00 mensais por serviços de saúde e segurança do trabalho, mesmo com a Câmara tendo apenas um motorista ativo - já que o servidor de serviços gerais está licenciado para exercer cargo na Secretaria de Educação.
A Casa ainda mantém duas empresas de contabilidade simultaneamente: a PLANACONT (R$ 7.500,00/mês) e a E.B.P. da Silva Serviços de Contabilidade (R$ 4.000,00/mês), para cuidar de balancetes que não chegam a 50 páginas mensais.
Na área jurídica, são três escritórios de advocacia contratados: Tarcísio Rocha de Araújo (R$ 5.000,00/mês), Marco Cardoso e Tiago Sá Advogados (R$ 4.000,00/mês) e Jonas de Oliveira Silva Advocacia (R$ 4.000,00/mês) - este último para consultoria em licitações, mesmo com apenas um processo licitatório realizado em 2025.
A Lima Serviços de Informação completa a lista, recebendo R$ 3.000,00 mensais por serviços como produção de cartões de visita e editoração eletrônica - atividades que, segundo fontes internas, sequer são utilizadas pela Câmara. Essa mesma empresa foi denunciada ao Ministério Público na gestão anterior pelo atual presidente Idelson Costa, que agora a contratou.
Todos os contratos foram feitos por dispensa de licitação, usando o argumento de "notória especialização" das empresas. Enquanto isso, a população se pergunta: por que uma Câmara tão pequena precisa de tantos assessores caros? Os vereadores e o Ministério Público já deveriam estar investigando essas contratações.
Fonte: Portal da Transparência da Câmara Municipal e Diário Oficial dos Municípios
