Vereadores da oposição cobram solução para crise hídrica que assola Eliseu Martins há mais de 10 dias
Enquanto a população de Eliseu Martins enfrenta dias de desespero e transtornos devido à falta de água, que completa mais de uma semana, a bancada de oposição na Câmara Municipal tomou a dianteira para cobrar respostas e soluções. Em uma atitude incisiva de fiscalização, os vereadores Rildo Junior, Risolene Borges e Gabi Torquato deslocaram-se até o escritório regional da empresa Águas do Piauí, em Bom Jesus, na manhã desta quinta-feira (02/10).
A ausência de água, que atinge com mais severidade os moradores das áreas mais altas da cidade, tem paralisado o comércio e imposto uma rotina de dificuldades às famílias. Um problema que não se via com tanta gravidade e duração há muito tempo, tendo se intensificado significativamente após a venda da Agespisa para o grupo Águas do Piauí – uma queixa que ecoa por diversos municípios onde a empresa passou a operar.
De forma proativa, os três vereadores buscaram um posicionamento oficial da empresa. Eles foram recebidos pela coordenação regional, representada por D. Fernanda. Em contato com a reportagem, o vereador Rildo Junior detalhou o encontro. "Não poderíamos ficar inertes diante do sofrimento da nossa gente. Fomos até Bom Jesus para exigir transparência e uma solução urgente. Entregamos um ofício formalizando a nossa cobrança e a angústia dos moradores", explicou o parlamentar.
A resposta obtida pela comitiva, no entanto, não foi a desejada em termos de celeridade. A empresa informou que o prazo máximo para restabelecer o abastecimento é de mais uma semana. A justificativa apresentada é que a Águas do Piauí está realizando um estudo para reativar um poço existente no Bairro Bela Vista. Dois técnicos já teriam coletado amostras para análise, e o resultado deve sair entre sexta-feira (03/10) e segunda-feira (06/10). Dependendo do laudo, duas ações podem ser tomadas: a reativação do poço do Bela Vista ou a instalação de uma bomba em um "novo local", o que sugere a perfuração de um novo poço, um processo potencialmente mais demorado.
A informação repassada aos vereadores deixa claro que não há uma solução 100% definida e imediata para o problema. Além disso, em um movimento que chamou a atenção dos parlamentares, a empresa questionou fortemente a "má prestação de serviços" por parte da Equatorial Energia, concessionária de energia elétrica, transferindo parte da responsabilidade pelo atraso e alegando que as interrupções no fornecimento de energia têm sido um entrave para os reparos.
A crise em Eliseu Martins não é um caso isolado e evidencia uma falha na prestação de um serviço essencial. A atitude firme dos vereadores Rildo Junior, Risolene Borges e Gabi Torquato joga luz sobre a necessidade de um planejamento mais eficiente por parte da concessionária. Enquanto isso, os moradores seguem na expectativa de que a promessa de uma semana seja, desta vez, cumprida, e a bancada de oposição se comprometeu a manter a pressão até que a água volte a correr nas torneiras de todos os lares da cidade.